sexta-feira, 22 de outubro de 2010

NA TRIBO DA TRIBULAÇÃO

Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por tribulações; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. João 16:33.
Jesus falou de um tempo de tribulações, onde os seus discípulos seriam expulsos das sinagogas, levados aos tribunais e perseguidos, através de várias formas atrozes.
Ele afirmou que estas tribulações advinham do fato de seus discípulos não fazerem parte do sistema que governa este mundo, ou não serem do mundo. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. João 15:19.
A igreja é a seleção dos indigentes. Jesus escolheu os piores do mundo para receberem de graça, a sua graça, a fim de tomarem parte de um novo fato espiritual. Esta coletividade é a tribo dos eleitos pela graça, que vive só por meio da graça. Seu estilo de vida fere a pose mundana do merecimento, que acaba perseguindo os aceitos incondicionais.
O mundo é a expressão do mérito pessoal. Caim matou Abel só por causa dos merecimentos que lhe eram próprios. Ele não poderia aceitar que o seu irmão pudesse ter sido aceito pela graça, enquanto ele fosse rejeitado pelos seus méritos. A graça ofende ao mérito em sua essência. Como pode o indigno ser benquisto e o digno ser malvisto?
A questão está na origem do desempenho. A graça se baseia nos feitos de Deus, enquanto os méritos, nos feitos humanos. E os feitos exigem glória. O mundo existe por causa do mérito incrustado nos valores humanos. A igreja subsiste por causa da opulência dos favores divinos. Assim, o que tem valor não tolera viver de favor. De quem é a glória?
O mérito não suporta a premiação de quem tem demérito. Favorecer o indigno é uma das maiores ofensas para o valoroso. Nada pode ser mais ultrajante no mundo, do que a aprovação do vil. Como a graça aceita o pecador desprezível pelo favor de Cristo, quem tem valor, não pode apoiar tal aceitação, e, deste modo, deflagra-se a aversão.
A igreja é uma reunião da triagem dos rebotalhos ou escorias do mundo. Paulo sabia desta eleição destoante, quando disse que Deus escolheu as pessoas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. 1 Coríntios 1:28-29. Não há coisa alguma que se compare a este método de seleção, no mundo da meritocracia.
Talvez, algo parecido aconteça somente no voto de repúdio numa democracia inculta, quando os incivilizados e revoltados, irritados com os aproveitadores do poder, acabam elegendo os piores candidatos a parlamentar, como um grito para lamentar.
Fora disto, só o evangelho é capaz de aceitar os piores pecadores. Contudo, há uma diferença marcante entre os dois, uma vez que, na democracia estupidificada, os palhaços são eleitos pelos rebeldes ignorantes, como a tiririca do seu jardim, enquanto no evangelho, estes indignos são aceitos pela misericórdia em Cristo, como filhos de Deus.
As seleções no mundo dos esportes, por exemplo, não praticam este critério de aceitação dos piores ao escalar o seu time. Os bons empresários também não concordam com este tipo de triagem na formação da sua equipe de trabalho.
O governo do mérito não admite os mendigos assentados em tronos. Por esta razão disparatada é que surge a revolta da benemerência contra os deploráveis. Esse acossamento é uma demanda da visão vesga do ego, que confunde o donatário com o donativo.
Quem almeja ser o dono da coisa não lida muito bem com a ideia de viver de donativos. Como posso ser o donatário do mundo, vivendo às expeças das petições? A prece é degradante para quem se apressa a viver como deus neste mundo. É melhor rebelar-se.
O mundo é sempre o que persegue. A igreja é, continuamente, a perseguida. Mas o mundo pode estar dentro da igreja, quando esta estiver perseguindo o indigente. Se houver ódio e perseguição na via de um peregrino, aqui na terra, nunca será por parte da igreja de Cristo. Trata-se, com certeza, do mundo infiltrado na igreja.
A igreja sendo perseguida é normal. Uma igreja perseguidora é, de fato, anormal, pois se trata de uma corporação mundana. Aquele que persegue aos outros não pode ser um discípulo de Cristo. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. João 15:20.
Jesus nunca perseguiu a ninguém, mas foi sempre perseguido pelos melhores exemplares deste mundo. Porém, o mundo que o perseguia encontrava-se muito bem camuflado no seio da religião do seu povo. Não era a turma política de Roma, mas a politiqueira de Jerusalém quem promovia a sua perseguição.
A tribo atribulada não está sendo apenas atacada diante das tribunas e dos tribunais externos, mas, e principalmente, pela tripulação interna, entre os falsos irmãos ocupando a liderança, sob o manto insuspeito da vida espiritual.
A infiltração disfarçada do joio no meio do trigal é uma das táticas mais astutas do adversário. Aqui reside um dos mais terríveis ardis de demolição da paz eclesiástica.
Os inimigos de Cristo foram primeiramente violentos. Eles perseguiam a igreja de forma cruel, sem dó nem piedade. Mas o tiro saiu pela culatra. “Cada gota de sangue era um grão que brotava e se espalhava”. Enquanto um cristão era torturado e morto, dez passavam a existir em seu lugar. A morte de um, era o surgimento de um punhado a mais.
O método foi ineficiente. Então passaram à oposição ideológica. Também não deu certo. Os argumentos racionalistas não puderam sufocar o estilo de vida. A realidade cristã não é apenas doutrinária, mas, acima de tudo, uma experiência de vida com Cristo.
Se nem a perseguição bárbara, nem a oposição das ideias puderam arrefecer o desenvolvimento do cristianismo, então as suas hostes precisaram dar à luz uma estratégia mais brilhante, para poder conter o avanço da fé cristã. E, foi assim, que promoveram a infiltração dos falsos cristãos, para confundir a realidade espiritual da igreja.
Se a perseguição intensa e a oposição ideológica não foram eficientes o bastante, com certeza, a subversão tem se mostrado um método competente para anular o crescimento da igreja, tanto em sua qualidade moral como espiritual. O falsificado vem corrompendo com sutileza lenta e quase invisível a fé autêntica.
No tempo do apóstolo Paulo já havia uma semente desta espécie no seio da igreja. Ele traz à baila a sua cara artificial e resiste com firmeza aqueles que ele denomina de falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão; aos quais nem ainda por uma hora nos submetemos, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. Gálatas 2:4-5.
Por causa deste joio fingindo-se de trigo, muita dor é alastrada nas entranhas da igreja de Cristo, causando desconfiança e animosidade, sem uma razão plausível. Confio de vós, no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação. Gálatas 5:10.
O apóstolo demonstra que há um juízo divino passando por cima da cabeça daqueles que perturbam a unidade do Espírito, no vínculo da paz, entre os irmãos.
Os judaizantes são análogos aos cristãos, embora esta parecença fique apenas nas aparências externas. A conduta se assemelha, mas a motivação é bem diferente. O cristão é movido à graça, enquanto o judaizante ao mérito. Aqui jaz uma distinção opositora.
Há uma pendenga antiga entre Ismael e Isaque. Entre o filho da carne e o descendente da Promessa. Entre a potência humana e a fraqueza pessoal. Ou ainda, entre o legalista e o que vive pela graça. Mas esta guerra nunca é ao contrário, além do que, essa briga unilateral sempre se atualiza. Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Gálatas 4:29.
A tribo da graça, sucessivamente, é atribulada pela turma das láureas. Aqueles que gostam de exibir as condecorações acabam descendo as pauladas naqueles que, sem méritos, são aceitos, incondicionalmente, como filhos de Abba. Assim, “feridas e contusões são as únicas medalhas que os santos carregam no corpo, por causa da sua fé no Cordeiro”.
A tribo da tribulação é atribulada por depender da graça plena, mas ela nunca será uma causa de atribulação na experiência de outros. O filho de Abba é atribulado no mundo, sem, contudo ser o motivo de atribular, voluntariamente, os outros seres humanos.
Nossa cartilha magna reza: Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. 2 Coríntios 4:8-10.
Ser um perseguido, mas, jamais um perseguidor, é a marca de um legítimo cristão. Viver atribulado, mas, nunca atribulando os adversários, é o que nos torna mais semelhantes ao Senhor Jesus Cristo. Por isso, como o apóstolo, um membro honorário desta tribo, nós podemos aprender a fazer festa no desgosto. Mui grande é a minha franqueza para convosco, e muito me glorio por vossa causa; sinto-me grandemente confortado e transbordante de júbilo em toda a nossa tribulação. 2 Coríntios 7:4. Glenio Fonseca Paranaguá - http://www.palavradacruz.com.br/

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Onde Está o Seu Tesouro? Kim Butts

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-21).

Se você perguntar à sua família o que eles mais valorizam, o que dirão? Descobrir a resposta lhe dará a oportunidade de dar uma boa olhada para dentro do coração dos seus filhos para ver se já foram conquistados pela cultura – ou por Cristo. Seus filhos querem possuir os mais recentes lançamentos do mercado e ter o que as outras crianças têm? Sentem simpatia por outros, têm um coração para interceder e uma vida focada em servir ao Senhor? As respostas revelam onde está o tesouro deles?
Já que está fazendo uma pesquisa sobre o “tesouro” da sua família, talvez você queira fazer uma sobre o seu também. Você pode ter a melhor das intenções de ser um exemplo de santidade para seus filhos e, mesmo assim, ter o coração preso em algo que se tenha tornado um ídolo em sua vida. Se assim for, esta pode ser uma boa oportunidade de falar em família a respeito do que é ou do que deveria ser mais importante nesta vida para os seguidores de Jesus Cristo.
Deus é o nosso pai. Ele não é o grande “espoliador” de crianças e adultos. Ele é generoso e quer nos dar boas coisas, coisas que serão mais saudáveis e benéficas para nós, coisas que podemos usar para trazer mais glória para ele e coisas que serão importantes para o seu Reino. Ele permite que tenhamos alguns bens a fim de podermos ser generosos e compartilhar com aqueles que estão em necessidade. É quando não enxergamos para além do próprio egoísmo e cobiça que não conseguimos ver o propósito por trás daquilo que Deus permite na nossa vida.
Quando isso acontece, o Pai pode resolver nos cutucar, permitindo que passemos por desapontamentos e privações. Somos um perigo para nós mesmos quando sempre conseguimos o que queremos ou pensamos que devíamos ter. O orgulho e o egoísmo se insinuam dentro do coração.
Vivendo Vidas Simples
Tem sido intrigante observar que, com o passar dos anos, estou ficando cada vez mais disposta a simplificar minha vida, como se estivesse me preparando para deixar esta Terra um dia sem levar nada comigo – o que, aliás, é o que vai acontecer. Meu coração está ficando cada vez mais focado no céu à medida que o Pai me ensina a contentar-me com menos “coisas”. Ele está me mostrando que devo me desapegar de possessões porque nenhuma delas vai durar.
Às vezes, penso que preciso de algumas coisas e descubro, mais tarde, que realmente não eram necessárias. Na verdade, apenas tomavam meu tempo; tinha sempre de mudá-las de um lugar para outro e procurar papéis importantes no meio de tantas coisas que deveriam ter sido descartadas há muito tempo. Por conta delas, nunca conseguia organizar minha casa do jeito que queria!
Se você conseguir ensinar aos seus filhos como ser organizado e como lidar com suas “tralhas” quando ainda são jovens, terá feito um enorme favor para eles! Terão muito mais liberdade para focalizar coisas que têm valor eterno ao invés de tomar tempo com coisas que serão “queimadas”. Seu tesouro não estará nas coisas que possuem, mas no Reino de Deus.
Recentemente, meu marido e eu nos mudamos para uma casa menor e descartamos ou demos embora muitas das nossas possessões. Ficamos com bem menos “tralhas”. Não sentimos falta de nada do que não temos mais e nossa vida ficou muito menos complicada. A simplificação exterior das nossas vidas foi boa para nós; entretanto, logo descobrimos que essa simplificação precisava ser uma disciplina interna antes de poder realmente ser externa.
Em outras palavras, é plenamente possível simplificar a vida, como nós fizemos, e ainda não haver mudança alguma dentro do coração que pudesse impactar significativamente o Reino de Cristo. É até perigoso reduzir seu ritmo de vida e diminuir suas possessões, pois pode gerar justiça própria e orgulho, se não tomar cuidado. A simplicidade é muito visível exteriormente. As pessoas logo notam mudanças físicas no estilo de vida. São as mudanças espirituais dentro do coração que são mais sutis, mas que devem ser o objetivo primário.
Se meu motivo para reduzir as possessões é que esse esforço seja notado pelas pessoas, então meu tesouro se transformará em soberbia. A simplificação da vida não deve ser o foco primário. É possível ter um estilo de vida mais simples e não ser transformado espiritualmente. Entretanto, se a motivação para simplificar a vida é obedecer a Cristo e buscá-lo em primeiro lugar, então todas as outras necessidades serão supridas. Jesus deu as instruções necessárias para se viver uma vida de simplicidade em paz e alegria. Talvez seja bom decorar estes versículos com sua família: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33; decore também Mt 6.19-21).
Se não buscarmos o Reino de Deus, fazendo disso o objetivo principal da nossa vida, não tem sentido simplificar. O simples descarte de posses não tornará nossa vida mais completa e abençoada. Somente quando buscarmos a simplicidade com o propósito de passar mais tempo com Jesus e enfocar nossa atenção no Reino de Deus é que experimentaremos a paz e a alegria de uma vida equilibrada. Nosso coração pode ser encontrado no lugar onde está nosso tesouro. O coração dos membros de sua família está focalizado no tesouro que não pode ser roubado nem destruído?
Aprendendo a Abrir Mão
Abrir mão nem sempre é fácil, principalmente para as crianças. Entretanto, o Senhor nos mostrou com clareza em sua Palavra que apegar-se a qualquer coisa mais do que a ele é idolatria. Há coisas, e até pessoas, que podem ter mais prioridade para nós do que o Senhor Jesus. E muitas vezes nem nos apercebemos disso. Você sabe quais são as coisas que o distraem do seu primeiro amor? Você está ciente do que são essas coisas na vida de seus filhos? Talvez seja hora de sentar-se com eles e descobrir onde está o seu tesouro.
Depois de tomar consciência dos seus ídolos, é hora de arrepender-se. Em seguida, é necessário buscar uma mudança de tal modo que sua vida fique livre da escravidão às coisas que estão fadadas à destruição e cheia do amor supremo que é eterno.
Sugiro que leiam como família esta passagem:
“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” (2 Pe 3.10-14).
Conversem sobre o significado disso e falem a respeito do que precisa acontecer em seu lar e no coração de cada um a fim de se alinharem com a Palavra.
Trechos da Escritura para Estudar e Aplicar
Se você e seus filhos se convencerem de que devem alinhar seus corações com o tesouro supremo que é o Reino de Deus, e se estão determinados a deixar para trás o egoísmo e a cobiça da nossa cultura que o inimigo tem prazer em impor sobre nós, aqui estão alguns trechos das Escrituras para fortalecer a sua decisão. Leiam e estudem juntos como família.

Se buscarmos a sabedoria como um tesouro escondido, compreenderemos o temor do Senhor e descobriremos o conhecimento de Deus (Pv 2.1-5).

Precisamos nos guardar dos ídolos (1 Jo 5.21).

Devemos fugir da idolatria (1 Co 10.14).

Precisamos arrepender-nos da nossa idolatria (At 17.29-30).

Não podemos ser salvos pelo nosso tesouro (Jó 20.20).

Devemos dar nossos tesouros pessoais para a obra de Deus (1 Cr 29.3)!

Não armazene coisas para você mesmo, antes seja rico para com Deus (Lc 12.21).

Jesus presume que seus seguidores serão generosos e até nos conclama a doar de forma anônima e em segredo (Mt 6.2-4).

Deus dá riquezas que permanecerão para sempre (Pv 8.18).

O fruto do Senhor é melhor do que ouro fino (Pv 8.19).

O que o Senhor produz é melhor do que a prata escolhida (Pv 8.19).

Podemos amealhar grande riqueza e tudo ainda ser sem sentido (Ec 2.8-11).

O Senhor será o fundamento seguro para o nosso tempo, fonte abundante de salvação, sabedoria e conhecimento; o temor do Senhor é a chave para esse tesouro (Is 33.6).

Se fizermos ídolos, somos nada, e as coisas que entesouramos são sem valor (Is 44.9).

Por causa do pecado do nosso país, o Senhor dará os nossos tesouros aos inimigos como despojo (Jr 17.3).

Pela nossa própria sabedoria e entendimento, adquirimos riqueza; contudo, nosso coração se tornou orgulhoso (Ez 28.4-5).

Quando encontramos uma pérola de grande valor ou um tesouro escondido num campo, devemos vender tudo o que temos para comprá-los (Mt 13.44-48).

Já que fomos instruídos a respeito do Reino de Deus, precisamos tirar do nosso tesouro tanto coisas novas como velhas (Mt 13.52).

Jesus deu a chave para a perfeição: vender tudo, dá-lo aos pobres e receber tesouro no céu – e então seguir a Jesus (Mt 19.21).

Tenha cuidado porque é difícil um rico entrar no Reino dos céus (Mt 19.23-24).

Quando doamos, mesmo tirando da nossa pobreza, damos muito mais do que aqueles que dão do que têm em excesso (Mc 12.41-44).

Precisamos estar alertas contra todos os tipos de cobiça; nossa vida não consiste na abundância do que possuímos (Lc 12.15).

Que sejamos encorajados no coração e unidos em amor de tal modo que tenhamos todas as riquezas do completo entendimento – a fim de conhecer o mistério de Deus, isto é, Cristo (Cl 2.2).

Que façamos o bem e sejamos ricos em boas obras; sejamos generosos e dispostos a compartilhar – pois assim ajuntaremos tesouros para nós mesmos como firme fundamento para a era vindoura e alcançaremos a vida que é verdadeiramente vida (1 Tm 6.18-19).

O tesouro do evangelho de Cristo está dentro de nós, como vasos de barro, de tal modo que todos perceberão que só pode ter vindo pelo poder de Deus e não de nós mesmos (2 Co 4.7).

Todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão escondidos em Cristo (Cl 2.3).

Se formos ricos neste mundo, não sejamos arrogantes nem depositemos nossa esperança na riqueza, que é incerta; ao contrário, coloquemos nossa esperança em Deus, que nos concede amplamente todas as coisas para nossa alegria (1 Tm 6.17).
http://www.oarautodasuavinda.com.br/

As Crianças do Reino no Abraço de Deus - Kim Butts

“Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, disse-lhes: Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou” (Mc 9.36-37).

“Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava” (Mc 10.13-16).
Jesus deixou muito claro para os discípulos como se sentia a respeito de crianças. Os textos acima são as únicas duas passagens registradas nas Escrituras que mencionam o fato de Jesus ter tomado alguém nos braços – e em ambas as ocasiões foram crianças! Marcos registrou esses carinhosos gestos do abraço de Deus a fim de revelar-nos algumas coisas muito importantes a respeito de crianças e do seu reino.
Sejam Bem-vindas, Crianças
No capítulo 9 de Marcos, vemos Jesus dando atenção especial ao treinamento dos seus discípulos. Depois de ensinar o princípio de servir (os últimos serão os primeiros), ele acentuou a lição tomando uma pequena criança nos braços e afirmando que acolher uma criança era o mesmo que acolher o próprio Jesus. Crianças pequenas geralmente são consideradas as últimas e as menores na ordem de importância. Contudo, Jesus, caracteristicamente, usou esse fato para ensinar aos discípulos mais uma lição a respeito do Reino de Deus, reforçando a importância de humildade e serviço nesse reino onde crianças têm o mesmo valor de qualquer outro cidadão aos olhos de Deus.
A fim de tornar essa verdade relevante para a cultura atual, é importante lembrar que Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Ele não alterou sua posição sobre a importância de acolher as crianças. Mesmo assim, geralmente relutamos em fazer isso porque as crianças são imprevisíveis e “bagunceiras”. O desejo de Deus é tocar, mudar, transformar, abençoar e modelar seu povo, indiferentemente de idade ou maturidade. As crianças não são influenciadas pela posição de influência, riqueza ou status das pessoas que as amam. A única coisa que sabem é que recebem cuidado e afeto quando a graça de Deus é derramada sobre elas por meio de um ato amoroso, tal como um abraço ou uma palavra abençoadora. E, ao acolhermos uma criança, de acordo com a Escritura, estamos acolhendo o próprio Jesus.
Tragam as Crianças e Não as Impeçam
É interessante notar que pouco depois de o Senhor ensinar aos discípulos a importância de acolher as crianças, eles evidenciaram mais uma vez sua falta de compreensão. Talvez na tentativa de resguardar Jesus de “amolação”, tentaram afastar as pessoas que traziam crianças para serem tocadas pelo Mestre. Quão rapidamente se esqueceram dos pacientes, porém sérios ensinos de Jesus!
O mesmo acontece conosco até hoje. Parece que não estamos muito convencidos de que as crianças ocupam uma posição de igual importância à dos adultos. Evidenciamos nosso patente preconceito na atitude que temos em relação à educação espiritual das crianças. Se tivéssemos aprendido que acolher as crianças é o mesmo que acolher a Jesus Cristo, seríamos tão prontos a dar prioridade secundária à formação espiritual delas em nossos lares e igrejas? Crianças salvas são coerdeiras com Jesus, tanto quanto o são os adultos.
É impossível ser tocado por Jesus sem ser abençoado e mudado. Tome como exemplo a situação da mulher que tivera um fluxo de sangue durante doze anos. Ela “sabia” que tudo o que tinha de fazer era tocar a barra do manto de Jesus e ela ficaria bem. Foi muito grande a sua fé – fé inocente, como de uma criança! Da mesma maneira, o toque de Jesus libera o poder de Deus para transformar nosso coração.
Os pais que levaram seus filhos para Jesus sabiam que um toque dele mudaria para sempre a vida daquelas crianças. Você já se imaginou como uma das crianças que Jesus pegou nos braços e abençoou? Não teria sido interessante seguir cada uma delas e ver como Deus modelou o coração e a vida para serem usadas no seu Reino?
Na qualidade de pais, é nossa responsabilidade levar os filhos a Jesus. Descumprir esse dever sagrado é desobedecer ao Senhor. Estamos impedindo nossos filhos todas as vezes que não dedicamos tempo para educá-los e fortalecer sua fé simples e pura. Você tem culto doméstico em sua casa ou só confusão doméstica? John Wesley recomendava que houvesse adoração e estudo na família duas vezes por dia, de manhã e à noite. O formato sugerido incluía oração, cântico de alguns Salmos, estudo da Bíblia (um dos pais lia e explicava uma passagem das Escrituras e os filhos a explicavam de volta para os pais), cantar a Doxologia, ouvir uma bênção pronunciada por um dos pais e, finalmente, abençoar os filhos em nome de Jesus. A bênção incluía impor as mãos sobre a cabeça de cada filho e era ministrada mesmo que algum deles tivesse se comportado mal naquele dia.
Como a maioria das famílias tem se afastado de qualquer semelhança a esse padrão! Se você soubesse que não aproximar seu filho a Jesus diariamente é o mesmo que impedi-lo de receber o abraço carinhoso do Salvador, será que seus hábitos espirituais em casa mudariam?
Recebam o Reino Como Criancinhas
Jesus disse claramente que o Reino de Deus pertence aos pequeninos e que “quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele” (Mc 10.14-16). As crianças têm uma abertura e uma receptividade que lhes permitem receber o Reino de Deus como uma dádiva. O Reino não pode ser conquistado e é dado gratuitamente. Elas acreditam nisso e não duvidam.
Jesus queria que seus discípulos, tanto os daquela época quanto os de agora, compreendessem que, verdadeiramente, o Reino de Deus está próximo. Por meio da cruz, Jesus traz o Reino de Deus a nós, no presente momento. Como alguém já escreveu: “Uma parte da nossa tarefa, na função de postos avançados (bases militares) do Reino de Deus na Terra, é orar ativamente para que a realidade do governo de Deus, que por enquanto é manifestada perfeitamente só no Céu, venha fazer parte da nossa vida aqui na Terra”.
Sua família tem experimentado o Reino de Deus em seu dia a dia? Você ora para que o que acontece no Céu aconteça também aqui na Terra? Deus quer tocar, modelar e transformar a nossa vida para sermos úteis no seu Reino – agora! Somos suas mãos e seus pés, e ele deseja que recebamos seu Reino com fé simples e ingênua de tal modo que sua vontade seja realizada na nossa vida, nosso lar, nossa igreja, nossa comunidade e no mundo.
Costuma-se dizer que a realidade do Reino de Deus é “presente agora, mas ainda não plenamente consumada”. Nunca entenderemos a totalidade dessa verdade enquanto não vier a plenitude; entretanto, sabemos como Jesus viveu sua vida terrena. Se buscarmos a semelhança com Cristo, podemos ser transformados dia após dia por meio de atos de simples obediência à Palavra de Deus.
Você está ensinando seus filhos a viverem como Jesus? Você ama o Senhor seu Deus com todo o coração, a alma, a mente e a força? Você ama seu próximo como a si mesmo? Seus filhos estão aprendendo a obedecer ao Pai celestial? Como uma família, vocês estão crescendo na fé? Estão servindo aos pobres e às pessoas marginalizadas na sua comunidade? A oração é uma atividade contínua durante todo o dia? Seus filhos sabem que Deus os ama incondicionalmente? Eles sabem que você também os ama dessa forma, na proporção em que busca uma vida semelhante a Cristo?
Dedique tempo a considerar cuidadosamente como as respostas a essas perguntas afetam sua família. O que é necessário mudar para que Jesus seja revelado em sua vida prática – e na vida de seus filhos?
Abençoe as Criancinhas
Desde o tempo em que meu filho era muito jovem, adotei a prática de impor as mãos sobre sua cabeça e proclamar uma bênção sobre ele. Normalmente, eu utilizava uma versão modificada da bênção do sumo sacerdote em Números 6.24-26: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”. Talvez esta tenha sido exatamente a bênção utilizada por Jesus em Marcos 10.
De acordo com a instrução da Palavra de Deus e com os conselhos de John Wesley, a bênção deve sempre ser ministrada em nome de Jesus. Sou grato por que, independentemente do tipo de dia que David e eu havíamos passado, se ele havia sido repreendido ou se eu havia me zangado – nós sempre fomos capazes de oferecer e de receber expressões de perdão e amor um para o outro por meio desse precioso tempo de bênção. Acredito que Deus também quer ter esse tipo de contato íntimo conosco. Ele quer abençoar-nos e transformar-nos à imagem do seu Filho. Ele nos ama muito mais do que qualquer pai terreno poderia amar um filho ou uma filha.
A imposição de mãos é significativa, tanto no Velho Testamento quanto no Novo. Além da função de abençoar (Gn 48.13-20; Mc 10.16), esse gesto era usado para comissionar alguém para uma nova responsabilidade (Nm 27.23; At 6.6; 13.3; 1 Tm 5.22), transferir culpa do pecador para o sacrifício (Lv 1.4), transmitir dons espirituais (At 8.17; 19.6; 1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6) e curar (At 28.8; Mc 1.41). Deus quer que saibamos como é importante o ato de impor as mãos sobre uma outra pessoa.
O que aconteceria se você começasse a impor as mãos e abençoar seus filhos todos os dias em nome de Jesus? Eu sei o que aconteceu em nossa casa. Quando David tinha cerca de quatro ou cinco anos, ele começou a colocar as mãos na minha cabeça e me abençoar de volta. Se eu me esquecesse de abençoá-lo, ele me lembrava, mesmo que isso significasse um telefonema (abençoávamos um ao outro por interurbano quando necessário). Talvez a lembrança mais significativa que eu tenho, que acabou selando a importância de abençoar os filhos, foi quando meu filho já adulto, na véspera do seu casamento, veio até o meu quarto para ser abençoado uma última vez antes de iniciar sua vida conjugal. Tenho certeza que ele abençoará seus filhos também, porque sei do impacto que isso teve na vida dele. “Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se compraz nos seus mandamentos. A sua descendência será poderosa na terra; será abençoada a geração dos justos” (Sl 112.1-2).
Jesus Tem Planos Para os Seus Filhos
Jesus utilizou as crianças para ensinar princípios do Reino aos seus discípulos e até chamou seus seguidores de todas as épocas de “pequeninos”. Uma palavra tão carinhosa, usada muitas vezes nas Escrituras, oferece-nos um quadro bem claro de como Deus vê as pessoas que herdarão seu Reino. Deus deseja que confiemos nele plenamente e o obedeçamos de todo o coração. Ele anseia que nos aproximemos dele livres dos impedimentos de ambições mundanas e constrangimentos adultos.
Tire tempo para aprender sobre Jesus com seus filhos. Como é que eles o veem? O que creem a respeito dele? Como é o som da voz de Jesus para eles? Eles confiam que ele cumprirá suas promessas? Acreditam que cuidará deles, que os curará, fortalecerá e confortará? Se possuem dúvidas, quais são e de onde vêm?
Você está fazendo sua parte para treiná-los no caminho em que devem andar (Pv 22.6)? Se não, por que não? Você está muito ocupado? Está esperando que algum professor de Escola Dominical faça isso por você?
Pense seriamente sobre sua responsabilidade de cuidar de seus filhos. Jesus tomou as crianças nos braços, impôs as mãos sobre elas e as abençoou. Você faz isso com seus filhos?
Jesus quer usar seus filhos em favor do seu Reino nesta Terra de tal modo que muitas outras pessoas sejam atraídas para o seu Reino eterno. Dedique tempo para conduzir seus filhos a Jesus.
http://www.oarautodasuavinda.com.br

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Poder dos Joelhos que se Dobram

Cada dia que abro minha caixa de correspondência virtual vejo que recebi vários e-mails sobre as eleições e os candidatos, sobre as implicações de se votar neste ou naquele.

Em certa parte é muito bom que as pessoas estejam mais envolvidas e buscando realmente se informar para votarem naqueles que julgam mais coerentes com suas crenças e opiniões.

Nestes últimos dias tenho ouvido, também pela internet, uma série de mensagens do Pr. Sandro Baggio (Projeto 242 – http://www.projeto242.com) sobre Neemias; louvei a Deus pela instrumentalidade deste irmão e também pelos ensinos que recebi através destas mensagens. Ele faz um pequeno esboço da vida de Neemias, da situação que ele se encontrava no cativeiro, de como estava Jerusalém e como foram reconstruídos os muros da cidade.

Eu já ouvi diversas mensagens sobre este feito glorioso de Neemias, mas o Pr Sandro focou a situação de antes da construção e para mim foi algo novo e muito interessante, que vou tomar a liberdade de compartilhar com vocês:

O povo de Deus foi levado ao cativeiro por causa de sua desobediência e por terem voltado as costas a Deus e aos seus mandamentos.
Neemias nasceu no cativeiro, ele não viveu em Jerusalém e, provavelmente, nem conhecia a cidade.
Durante aproximadamente 120 anos ninguém fez nada para mudar a situação que viviam, estavam acomodados e conformados com o cativeiro.
Neemias buscou saber como estavam as pessoas que ainda viviam em Jerusalém e como estava a cidade escolhida por Deus para refletir sua Glória. Ele se preocupou com as pessoas e com a Glória de Deus.
Neemias se colocou como intercessor, e clamou pelo perdão e pela misericórdia de Deus; colocou-se como pecador, como culpado pelos pecados cometidos pelo povo antes mesmo que ele tivesse nascido.
Neemias orou por 4 meses, para que a mão de Deus se movesse e a situação mudasse, e em 52 dias ele reconstruiu os muros de Jerusalém.
Voltando os olhos para nossa realidade, fico pensando o quanto nós, como cristãos, temos feito, quanto temos nos colocado na brecha da intercessão pelo nosso país e pelas eleições, clamando pelo perdão e pela misericórdia de Deus por causa dos pecados desta nação, pela corrupção, pela injustiça, pelo descaso, não só dos governantes, mas nos colocado como pecadores que têm cometido estes pecados, mesmo que não os tenhamos cometidos como indivíduos, mas como nação. Para que Deus nos perdoe, nos purifique e que todo esse tempo de corrupção e maus governantes tenha fim.

É muito bom lermos e nos informarmos com relação aos candidatos e também compartilharmos essas informações com nossos amigos, mas devemos também, assim que soubermos de um novo fato, antes de clicarmos e enviarmos a outros, nos ajoelharmos e clamarmos pela misericórdia de Deus e pela Sua ação. Se antes de cada “clique”, nós pararmos e orarmos, creio que isso provocará mudança e nossa história será diferente. Se apenas um homem orou por 4 meses e os muros de uma cidade foram restaurados em 52 dias, que diferença faremos se juntos, milhões de brasileiros cristãos, orarmos por uma nova nação, por um novo governo.Temos em nossos joelhos o poder de mudar nossa história.
Que Deus nos abençoe. Sandra Torres - ichtus@ichtus.com.br