terça-feira, 28 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
quarta-feira, 8 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
O ESPÍRITO DA CRUZ 27 - CENTRO DE CONFIANÇA
Sócrates foi um filósofo grego de conduta inatacável. Cornélio era um centurião das forças romanas de caráter impoluto. Saulo foi judeu religioso com um comportamento sem repreensão. Todos eles, entretanto, estavam perdidos espiritualmente.
Ter um caráter sem jaça ou uma conduta moral impecável não quer dizer que a pessoa seja um crente em Jesus. Há muita gente, nesse mundo, que tem sua vida ilibada e irrepreensível, mas que nunca nasceu de novo. Talvez, Nicodemos fosse um. A questão aqui não é a moralidade inatacável, mas
onde está o centro da sua confiança?
Ninguém entrará no reino de Deus pelos seus próprios méritos, mas pela graça e misericórdia de Deus, em Cristo. Não é uma vida torna que nos impede de participar do banquete na Casa de Abba, mas a autoconfiança. Em quem você confiança? Em si?
Assim como não há uma autocirurgia do cérebro, também não há remoção da autoconfiança, por nós mesmos. Temos que ser crucificados, com Cristo, para podermos ser livres de nossa confiança própria. A fé baseada em alguém inconfiável não merece fé. Se o pecador pudesse crer, por si mesmo, a sua fé estaria corrompida pelo seu orgulho.
O incrédulo precisa morrer, juntamente com Cristo, para si mesmo, a fim de ser ressuscitado com Cristo, e, deste modo, receber a fé do Autor e Consumador, Jesus, para que creia em Cristo e viva, não mais como incrédulo, mas Cristo vivendo nele.
Repetindo: o cristianismo não é o cristão tentando viver a vida de Cristo. Não é uma exibição, como: em seus passos que faria Jesus? Não. A fé cristã é de Cristo, é por Cristo e é para Cristo. Não se trata de uma autoconfiança, mas da plena confiança no Alto dada pelo Altíssimo, para confiar na suficiência do Eterno.
Todo problema aqui se baseia na inteireza da fé: aquele que confia, precisa ser confiável, e, Aquele em quem se confia, deve ser a fonte da confiança. Se a fé vem de um ser inconfiável, ela não merece crédito. Como eu posso confiar em mim mesmo, uma vez que sou tão mutável, instável, volúvel e inconstante? Fé na fé se dissipa facilmente.
Jó era um homem justo, íntegro, temente a Deus e se desviava do mal e, ainda assim, ele só conhecia a Deus de ouvir dizer. A sua conduta era perfeita, mas a sua fé era de segunda mão. Ninguém pode crer em que não conhece. O espírito da cruz tem tudo a ver como a confiança e a dependência do Altíssimo. Mendigos, não tentem viver pela fé a partir de vocês, pois, só Cristo é cristianismo.
Do velho mendigo do vale estreito,
Glenio Fonseca Paranaguá.
Assinar:
Postagens (Atom)