quinta-feira, 26 de maio de 2011

INGREDIENTES PARA UMA RECEITA VENCEDORA

Se existe uma verdade evidente na vida, especialmente no mundo empresarial e profissional é esta: “Coisas acontecem”. E sem qualquer razão aparente coisas que nós não conseguimos explicar:
. Uma venda importante que esperávamos concluir depois de despender esforço extraordinário, de repente não se realiza.
. Perdemos nosso principal cliente sem nenhum aviso prévio ou causa compreensível.
. Não recebemos a promoção que estávamos esperando ou a recebemos e ela não é aquilo que esperávamos.
. Um membro chave da equipe de repente pede demissão ou vai para a concorrência, depois de você termos investido tempo e
  dinheiro em seu treinamento.

Quando coisas assim acontecem, geralmente ficamos a imaginar: “O que eu fiz para merecer isso?”, ou mesmo, “Por que Deus fez isso comigo?”  Ás vezes, não  encontramos explicação satisfatória; outras, porém, recebemos resposta ao nosso “por que?” A história a seguir fornece ilustração maravilhosa: 

Uma menina estava dizendo à mãe como tudo em sua vida parecia dar errado: ela não estava indo bem em matemática; o namorado terminara com ela; e sua melhor amiga estava de mudança. Tudo parecia estar desmoronando. Enquanto a filha desfiava sua história dolorosa, a mãe fazia um bolo. Fazendo uma pausa, interrompeu-a para perguntar se ela gostaria de um lanchinho.

            A filha respondeu: “De jeito nenhum, mãe. Você sabe que eu amo seu bolo!”

            “Tudo bem, beba então um pouco de óleo de cozinha”, respondeu a mãe, empurrando a garrafa de óleo em direção à sua filha. “Eca!”, disse a filha.

            “Você gostaria de alguns ovos crus?”, perguntou a mãe, segurando-os diante da jovem. “Não, mãe. Isso deve ser horroroso!”

            “Você gostaria de comer um pouco de farinha, então?” – indagou a mãe. “Ou quem sabe um pouco de fermento?”

            “Mamãe, por que você está me perguntando estas coisas? Tudo isso deve ter um gosto horrível!” 

A mãe respondeu: “Sim, todas essas coisas são ruins isoladamente. Porém, quando reunidas de forma correta, fazem um bolo maravilhosamente delicioso. E se você deixar de incluir um só ingrediente que seja, o resultado não será tão bom.”

“Deus trabalha de forma semelhante”, prosseguiu a mãe. “Muitas vezes perguntamos por que Ele nos deixa passar por tempos tão difíceis e ruins. Mas Deus sabe que quando Ele junta todas essas coisas, em Sua onisciência e perfeita ordem, elas sempre resultam em algo para o nosso bem! Nós temos apenas que confiar Nele. Ao final, todas as coisas se combinarão para fazer algo maravilhoso!”

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos(Romanos 8.28-19).

Você está passando por algum momento de dificuldade pessoal  ? 

Por Jim Lange

domingo, 22 de maio de 2011

OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO

Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. Filipenses 3:18.
Paulo, o apóstolo censurado pelos estigmas da cruz, censura aqui, afirmando com lágrimas, que há muita gente adversária da cruz de Cristo. Este antagonismo não é ranhetice de um povo estranho ou de uma turma forasteira. Trata-se da aversão visceral de uma tropa de elite da própria igreja. É um pessoal disfarçado que anda entre os filhos de Deus.
Os opositores da cruz de Cristo não são tipos exóticos, isto é, estrangeiros. São endógenos, forjados nos intestinos da comunidade. É gente da própria igreja e não do mundo. É um grupo que tem a linguagem correta, mas um espírito de hostilidade.
Paulo se refere a eles como muitos. Não se iludam: o pelotão é grande. A tática do “velho capitão” é infiltrar o maior número possível de agentes secretos na igreja de Cristo. Estes têm a farda de anjos, mas as entranhas são de demônios. São crentes na passarela e hereges nos bastidores. O discurso pode ser perfeito, mas o concurso é puro despeito.
O apóstolo chora diante deste quadro triste. Em sua biografia, nós o vemos cantar louvores debaixo da taca; mas ele não suporta a dor causada pelos adversários da cruz de Cristo. A farsa do humanismo é um lamento inconsolável para quem sabe discernir o valor da salvação eterna, patrocinada por Cristo crucificado.
Na lamentação do apóstolo, nos percebemos algumas particularidades destes antagonistas mascarados. Ele destaca alguns traços para nos ajudar a identificar os opositores da cruz de Cristo no seio da igreja. Vejamos como Paulo os percebe: O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Filipenses 3:19.
Primeiro: O destino deles é a perdição. A palavra destino, no grego, é telos, que pode ser traduzida também como: propósito. O intento dos inimigos da cruz de Cristo é a não salvação dos perdidos. Apesar de estarem na igreja, eles não são salvos e, sendo assim, o seu encargo principal é impedir aqueles que seriam salvos, de serem salvos. Eles procuram ocultar a mensagem da cruz, para que os perdidos não sejam alcançados pela graça.
Nem sempre é uma ocultação teológica. Eles até pregam a mensagem, mas o espírito como anunciam não é de um crucificado: são invejosos e disputam um lugar no espaço como se precisasse de reconhecimento dos irmãos.
Por outro lado, se Deus tivesse outro meio para a salvação dos pecadores fora de Cristo crucificado e não tenha usado este método, então, temos que admitir que Deus seja mau, muito mau, porque submeteu o seu Filho a um sofrimento atroz, tendo ele outra escolha. Porém, se esta é a única opção, não há como não apresentá-la aos perdidos, já que esta é a alternativa sine qua non para a salvação dos pecadores.
Como os inimigos da cruz de Cristo são o joio no meio do trigo; ou os lobos com peles de cordeiros; eles não somente fingem que são salvos, como também atrapalham a salvação dos perdidos. A finalidade deles é a perdição dos pecadores. Não pregam o evangelho em sua essência, pois o que os motiva é a condenação eterna dos incrédulos.
Jesus definiu a turma destes ímpios com esta censura severa: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando! Mateus 23:13.
Lamento dizer: quem não evangeliza ou promove a evangelização dos perdidos, por meio de Cristo crucificado, é um inimigo figadal da cruz de Cristo.
Segundo: o deus deles é o ventre. Aqui temos a base de sua adoração. Os contendedores da cruz de Cristo são viscerotômicos, isto é, vivem da veneração de suas entranhas. São pessoas devotas aos seus apetites, endeusando as suas ambições carnais.
O culto dos adversários do evangelho da graça é movido aos instintos intestinais e aos desejos da carne. Eles vivem de bajulação com o objetivo de satisfazer a sua fome de reconhecimento. A ênfase do louvor neste preito encontra-se na personalidade pública e nunca no altar privativo diante do Senhor. Paulo diz que eles cultuam a koilia, isto é, a concavidade vazia de um estômago faminto por fama, mas que come qualquer porcaria.
Eles não sabem discernir o Pão do céu do pão dormido; o pão duro do humanismo. Não sabem distinguir o Maná de Deus do menu da religião; a ceia do Senhor, dos brioches da revolução francesa; o Pão nosso de cada dia, que é Cristo, do sustento diário.
A propina também faz parte deste culto idólatra do deus guloso. Desde Esaú, que vendeu a sua primogenitura por um prato de comida, até os esfomeados pós-modernistas, que negociam a ênfase da cruz por uma posição no pódio religioso, a tática é a mesma. É a profanação do sagrado e a secularização do santo.
O “deus ventre” é ainda ventríloquo, pois a sua boca fala inspirando a marionete da hipocrisia religiosa. Ao sonegar a pregação da cruz de Cristo, o divo das feições falsificadas promove a conduta humanista como se fosse o verdadeiro estilo de vida cristã. Essa é a tática mais perigosa dos inimigos da cruz de Cristo: a proclamação do humanitarismo como se fosse o cristianismo em sua essência.
Terceiro: a glória deles está na sua infâmia. Se há um fulgor que se realça no procedimento dos inimigos da cruz de Cristo é o investimento na desonra dos outros. Os oponentes do evangelho vivem saboreando o prato podre da vergonha alheia. Eles se estimulam com as fofocas e se nutrem das sujeiras que gostam de destacar. Como abutres, apreciam a carniça e se deleitam naquilo que causa embaraço e infâmia em alguém.
Uma vez que o evangelho se agrada em cobrir com amor as feridas da vergonha, os contrários às boas notícias se especializam em espalhar o seu mau cheiro por todo lugar. O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. Provérbios 10:12.
Uma das peculiaridades do evangelho é garantir com amor a decência do humilhado. Não se trata de encobrir o pecado alheio, mas de assumi-lo como sendo seu, enquanto avoca para si a dívida do devedor. Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. 1 Pedro 4:8.
É bom ressaltar. Não é encobrir o pecado, mas cobri-lo. Não se trata de ocultação de cadáver, mas de tomar a dívida do culpado, pagando-a como se fosse sua própria dívida. Foi assim que o nosso Senhor Jesus Cristo fez conosco.
A glória dos inimigos da cruz de Cristo visa detonar a imagem dos trôpegos, tornando-os motivo de escândalo perante os outros. Os humanistas se aperfeiçoam num moralismo esnobe e numa religiosidade mascarada, para, em seguida, deslustrar todos os que pisam na bola. Eles se vangloriam com o fracasso dos outros.
Quarto: só se preocupam com as coisas terrenas. Se você quiser reconhecer um inimigo da cruz de Cristo na igreja, veja a sua ênfase. A sua agenda enfoca apenas os assuntos relacionados com o aqui e o agora. Eles são terrenos e vivem enterrados com as preocupações das coisas que o fogo vai consumir. Só pensam nos eventos perecíveis.
Essa mentalidade rasteira valoriza somente os tesouros do chão. Para eles o patrimônio econômico é mais importante do que os bens eternos. O dinheiro da “igreja” vale mais do que a salvação de uma alma. O saldo da conta bancária na terra tem mais significado do que os depósitos em pessoas, enviados para o “banco celestial”. Eles não aquilatam a estima que Abba nutre pelas pessoas carentes e perdidas.
Os inimigos da cruz de Cristo, que andam entre nós, são humanistas de carteirinha, gente de bons antecedentes criminais, mas também, são os mentores da não pregação do evangelho de Cristo crucificado. Eles procuram impedir a proclamação da nossa morte e ressurreição com Cristo, e, quando não conseguem, adaptam a mensagem usando uma linguagem semelhante, enquanto boicotam os pregadores nos bastidores.
Com disse anteriormente: não basta pregar a mensagem correta de Cristo crucificado. É preciso ter também o espírito de um crucificado. O discurso da cruz deve ser seguido pelo curso de uma vida que traz as marcas da co-crucificação. A teologia certa da cruz de Cristo carece da certeza de que fomos realmente crucificados com ele.
Os piores inimigos da cruz de Cristo estão no seio da igreja. O mundo é um adversário ferrenho da pessoa de Cristo, enquanto os falsos cristãos são os inimigos ferozes, mais persistentes da obra de Cristo, embora, permaneçam disfarçados como discípulos.
O apóstolo disse que eles eram muitos, quando a população do mundo era pequena e os números da igreja bem menores do que agora. Não vamos subestimar a taxa nos dias de hoje. Acredito que temos uma multidão incalculável dos inimigos da cruz de Cristo convivendo com santos na igreja contemporânea. Por isso mesmo, precisamos de cuidado e acuidade espiritual para podermos não entrar no seu jogo.
A visão espiritual desta comunidade é: Conhecer a Cristo crucificado e fazê-lo conhecido em todo o lugar por meio da graça. Não podemos nos intimidar com as pressões, nem deixar por menos esta mensagem. Que o Senhor nos dê intrepidez para anunciar com toda ousadia a sua morte e ressurreição, bem como, a nossa morte e ressurreição juntamente com ele, no espírito de humildade e mansidão do próprio Cristo.
Rogo, pelas misericórdias do Pai, para que não percamos de vista a ênfase divina na pessoa de Cristo e na sua obra graciosa realizada na cruz. O humanismo, com todas as suas táticas satânicas, vai sempre, disfarçado, disputar um lugar no seio da igreja, promovendo algo semelhante ao cristianismo e trazendo muita confusão na vida dos ingênuos e desavisados. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça. Mateus 13:9. Amém. Glenio Fonseca Paranaguá 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

UM MAIOR

“Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele; porque um há conosco maior do que o que está com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco, o SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras. O povo cobrou ânimo com as palavras de Ezequias, rei de Judá.” (2 Crônicas 32:7-8 ARA)
Só de se falar em perseguição na igreja e todo assunto similar, que traga o senso de conflito, temos uma multidão se apavorando. Conheço gente que ora mais pelos perseguidos dos países asiáticos do que para o próprio marido se converter. Não sou contra nem uma coisa nem outra, mas acho que, às vezes, nosso povo dentro da igreja super-estima o inimigo.
Os poderosos que nos são contrários podem e geralmente são mais poderosos do que nós, isso é fato e não precisa muita explicação. Por isso mesmo sempre digo que não podemos andar sozinhos, pois Aquele que pode todas as coisas tem de estar conosco. Aqui o texto diz “há conosco um maior”, em perfeita sintonia com 1 João 4:4 e outros textos correlatos.
Meu receio é subestimar Aquele que é maior do que o que está no mundo. Vejo pregadores, evangelistas e principalmente membros das igrejas valorizando demais as obras do inimigo e dando uma sensação de que a cruz não representou muito. Fica parecendo que o maior não pode mais que o menor. Não sou triunfalista, mas é preciso reconhecer que vitorioso é quem vence, ponto final. Meu Deus é poderoso e ponto final. É maior do que aquele que está no mundo e ponto final. O acerto entre eu e Ele é outro assunto, mas que Ele é maior, é.
Será que não estamos nos furtando de batalhar por santidade e consagração por mera preguiça ou comodismo? Será que não valorizamos demais o que o olho pode ver, no caso dos problemas, e menosprezamos com isso uma cura invisível? São ótimas perguntas.
“Pai, não quero negligenciar minhas batalhas, mas preciso confiar mais em Ti. Ensina-me a caminhar confiante sem ser soberbo.” Mário Fernandez - ichtus.com.br

DIA MAU

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.” (Efésios 6:13 ARA)

Se há dia mau, é por que há dia melhor. A gente quer ser otimista, olhar tudo com fé na vitória, focar no Reino vindouro, não se deixar abalar, deixar as circunstâncias de lado e seguir sorridente… Mas atire o primeiro analgésico quem nunca se deprimiu ou desanimou diante de um dia ou semana difícil.
Há tempos e ciclos na vida da gente em que os dias são literalmente maus: nada dá certo, chove no dia “errado” e faz sol tarde demais, a gente erra o assado justo com a visita mais chique, o terno não entra, o computador não liga e o carro falha. Mas preste atenção: não existe vida ruim, embora posssa haver algum dia ruim. O coração da gente pode se apertar num dia, dois, três, uma semana – mas amanhece um dia e a alma se dá conta do dom da vida, da misericórdia recém renovada, da alegria que vem pela manhã. O choro termina, meu irmão, pode ter certeza. A época do Natal para mim foi marcada muitos anos por tristezas e disssabores. Mas aleluia, eu comemoro o fato e não a data – meu Redentor vive, nasceu para morrer por mim.
Foco e concentração é tudo quando se tem um objetivo e todo cristão tem um alvo. O dia mau existe, é uma realidade, está aí para nos aperfeiçoar em santidade e paciência. Mas não é e nunca deve ser o foco da vida de ninguém, por mais turbulento que seja. Por sofrido que seja. Por apavorante que possa ser, o Senhor é Soberano e tem para nós dias melhores à frente. Foque no melhor, esse é o alvo, apesar do que esteja acontecendo agora.
O foco é no alvo e o alvo é o Reino Celestial, assentado com Cristo. Vida vitoriosa neste mundo sim, com certeza. Mas não imaginemos que isso é vacina contra dissabores e encrencas que tiram nosso ânimo e por vezes nosso fôlego. Eu sei o quanto os dias podem ser maus, creia-me. Mas meu desânimo não me vence, não me supera, pois maior é Aquele que está em mim.

“Deus amado, perdoa minha fraqueza de ânimo quando as dificuldades superam minha força. Fortalece-me e ensina-me a ser mais forte em Ti.” Mário Fernandez

quarta-feira, 4 de maio de 2011

VIVENDO ATOS 2, HOJE!

“…e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.” (Atos 2:47b)
Nos últimos domingos temos ido a diferentes igrejas, pois mudamos de cidade e ainda não decidimos qual igreja iremos frequentar, assim temos ido conhecer algumas. O interessante é que, na maior parte das igrejas, temos ouvido mensagens similares, onde os pastores têm chamando a atenção do povo para a necessidade de vivermos a vida cristã e manifestarmos a comunhão descrita nos últimos versículos de Atos 2.
Também meu esposo escreveu uma mensagem na semana passada, no site ICHTUS, com o título “Você pode orar comigo?“, onde ele falou sobre a necessidade de não só prometermos orar, mas realmente e no ato do pedido orarmos uns pelos outros. Enfim, tudo isso levou-me a lembrar de uma série de outros pequenos gestos que, como cristãos, nunca deveríamos deixar de praticar, porque só o fato dos incrédulos verem, muitas vezes lhes damos testemunho. Demonstramos o amor e cuidado de Deus pelas outras pessoas com gestos como uma visita, como receber pessoas em nossa casa, fazer um favor, atendermos uma necessidade, cumprimentarmos os visitantes no final do culto. Enfim, atos que hoje em dia, por causa da vida tão ocupada que levamos, deixamos de praticar.
Logo que nos casamos, meu marido e eu compartilhamos de momentos maravilhosos na casa de um casal de amigos, que eram mais velhos que nós, que já tinham alguns anos de casados e, portanto, mais experiência e também mais problemas e dificuldades para lidarem. No entanto, eles sempre se dispuseram a abrir sua casa e suas vidas e nos receberam e compartilhavam conosco o que tinham. Eram tardes abençoadas e que trazemos na lembrança, com muitas saudades, até hoje. E sabe o que era mais importante? Não era a mesa farta ou o requinte do que nos era servido, porque os nossos lanches sempre eram café com leite e pão caseiro; mas era o tempo e o amor que este casal dedicou a um jovem e inexperiente casal que precisava de orientação e amizade. Como foram preciosas aquelas tardes de sábado na casa do Edvaldo e da Selma. Hoje estão longe de nós, morando em outro país, mas sempre lembrados e imitados por nós.
Também agora, ao chegar em Campinas, Deus nos abençoou ricamente através da vida de outros dois casais que abriram mão da sua comodidade e nos ajudaram, Vinícius e Márcia abrindo sua casa e nos acolhendo por três semanas, não se importando com a bagunça e com todo o transtorno de receber uma outra família inteira em sua casa e nos ajudando e emprestando seu carro e tempo para que nós pudéssemos nos estabelecer aqui. E também a Hélia e o Hélio que doaram de seu tempo, carro e gasolina, andando conosco, percorrendo imobiliárias e casas e apartamentos até que achássemos o lugar para morarmos. Certamente que esses casais têm suas obrigações, dificuldades e lutas, mas apesar disso se dispuseram a ajudar a um outro irmão. O que faz isso? Só posso dizer que é amor, amor a Deus e ao próximo, e viver o que o povo de Atos vivia.
Infelizmente, nossos dias têm sido muitas vezes cheios de preocupações e atividades que têm nos roubado o prazer e a alegria de fazermos pequenos gestos, atos abençoadores. Faz com que nos preocupemos que, se tiver de receber em casa, teremos de ter uma casa maior, mais bem arrumada, local adequado ou uma mesa farta; se tiver de fazer uma visita ou de ajudar alguém a ir em um determinado lugar teremos de refazer e remanejar nossas agendas. Emprestar o carro, jamais! “Carro é como mulher, não se empresta”. Interessante que nos tempos de Atos eles tinham tudo em comum… mas naquele tempo não existia carro, não é?
E o que me dizer de cumprimentar os visitantes ao final do culto? “-ah… mas sabe, é que eu coordeno um ministério na igreja e no final do culto tenho de correr atrás das pessoas do meu ministério pra acertarmos os últimos detalhes do próximo programa, e ai não sobra tempo de cumprimentar os visitantes”. Pois é, essas são desculpas que eu também usei por muito tempo. Peço a Deus que me ajude a viver de modo diferente e a ser mais atenta aos meus irmãos e suas necessidades e assim praticar e viver conforme os primeiros cristãos e mostrar ao mundo como é viver numa comunidade onde as pessoas se amam e se cuidam.
Certamente que se eu e você, meu irmão, conseguirmos colocar isso em prática, vamos cair na graça do povo. E Deus vai acrescentar diariamente os que vão sendo salvos, porque o mundo está carente e sedento de amor. Sandra Torres - ICHTUS.com.br