terça-feira, 30 de agosto de 2016

RENDIÇÃO TOTAL


QUANDO OS JUSTOS SOFREM - A MUDANÇA COMEÇA EM MIM


“Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem.” (Gênesis 50:20)
Em boa parte dos presídios vemos pessoas sofrendo pelo que fizeram e, via de regra, se declaram inocentes, culpando qualquer outro, tal como a sociedade, o governo, algum familiar ou alguma outra pessoa. Quando se paga a pena sendo culpado é uma coisa, mas sofrer sendo inocente é bem diferente.

Depois da rejeição, creio que sofrer injustamente seja a situação mais difícil para o ser humano suportar. No entanto, o princípio da cruz é exatamente este: o justo pagando pelos pecadores.

Basta olhar nossa sociedade e observar que é assim. Pagamos mais seguro porque alguém que seja imprudente causa prejuízos às corretoras, que então cobram mais de todos. Temos leis em relação à segurança, porque alguns cometem ilegalidades.

Como vivemos numa sociedade corrompida, precisamos que Deus intervenha e nos ajude a mudar a situação.

Certo sujeito, vou chamá-lo de João, foi levado à uma posição de liderança na sua empresa. Ao chegar nesta posição percebeu que os lideres anteriores haviam feito coisas erradas e até ilícitas. João ficou muito chateado com isso, pois agora estava pagando o preço pelo que outros fizeram, além de toda a preocupação que estava sentindo.

Certo dia indo ao trabalho, entrou em oração enquanto dirigia. Sua oração era de lamúria pelos acontecimentos e reclamando com Deus porque a culpa dos outros tinha que recair sobre ele.

Subitamente o Espírito Santo tocou em seu coração e ele teve uma visão da cruz em que Cristo morrera. Só então percebeu que um justo havia morrido pelos pecadores.

Deu-se conta de que toda rejeição, amargura, desgraça, desigualdade, podridão, ruindade e rebeldia humanas recaíram sobre Jesus.

Só então pode entender que não devia julgar e nem atribuir culpa àquelas pessoas, mas perdoá-las e amá-las. Foi assim que a humildade tomou o lugar do orgulho, a submissão substituiu o senso de rebeldia e o amor tomou o lugar do medo.

Da mesma forma ocorre quando assumimos para nós os pecados de outros. Isto é muito comum em família, quando alguém faz algo pelo qual somos julgados ou que tenhamos que carregar todo o peso. Quanta gente anda com seus corações carregados de mágoas pelo que receberam dos seus pais, pagando pelos erros de outros.

Quando entendemos, pelo Espírito Santo, que precisamos perdoar e liberar essas ofensas é que seremos verdadeiramente livres.

Quantos estão pagando pelos erros dos outros, embora não sejam culpados. Isso pode acontecer. Foi para isto que Cristo veio ao mundo. Ele abriu o caminho para que eu e você possamos perdoar os pecados alheios e nos libertar deles.

José fez menção a isto quando disse o texto citado logo acima, do qual grifo Porém Deus.

Estas duas palavras se transformam num marco e ponto decisivo na história de todo ser humano. Deus pode transformar qualquer situação que estejamos passando, seja perseguição, uma forte luta ou um sofrimento injusto. Para tudo há uma solução - a Cruz.

A situação que nosso País passa hoje leva muitos a sentirem que estão sofrendo injustamente, porque um governo corrupto sugou todas as finanças gerando desemprego e desesperança.

Tudo na vida tem potencial de produzir algo bom ou ruim sobre nós. Quando um justo sofre pelo erro de outro visando o seu bem, isto é positivo. Por outro lado, ser inocente e sofrer de maneira negativa não é.

Somente Deus é capaz de transformar os aspectos negativos da nossa vida em positivos. José disse Porém Deus.

Coloque sua fé em Deus, na Sua Palavra e no Seu Poder e observe a transformação que Ele fará em sua vida, levando todo peso, tristeza e amargura embora, substituindo-os pela Sua abundante Paz.

PARA EXERCITAR
  • Tenho sofrido injustamente mas ajudando a outros?
  • O que posso fazer para entregar a Deus todo o peso que tenho sentido.
Luis Antonio Luize - http://www.ichtus.com.br/

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A VIDA É COMPLICADA

George Eliot afirmou: O que torna a vida enfadonha é a ausência de motivos. O que torna a vida complicada é a multiplicidade de motivos. O que torna a vida vitoriosa é a unidade de motivos. Eliot foi preciso ao apresentar estes três pontos. A vida sem sentido é determinada pela falta de motivação. Se alguém não sabe para onde vai, já chegou e não tem para onde ir. Uma vida sem objetivos é como um objeto sem utilidade. Não tem o menor valor. É como fumaça de incêndio em monturo de lixo. O poeta alemão Goethe disse: uma vida inútil é somente uma morte prematura. Sai de cena quem não tem alvos. O marasmo é fruto da imprestabilidade. Se nós não nos conscietizarmos do significado da vida e não tivermos motivos significativos para vivermos adequadamente, somos cadáveres ambulantes. Um sujeito sem rumo vai rumo ao caos. Por outro lado, a vida vira uma tempestade de confusões, quando temos vários motivos exigindo decisões simultâneos. Se a ausência de motivos torna a vida sem algum sentido, a multiplicidade a transforma numa babel. A multiplicação dos motivos agita de tal maneira a vida, que a existência perde também o sentido de viver. O sujeito sem um motivo ou o sujeito dominado por muitos motivos, ambos se tornam como uma oração sem sujeito, objeto e predicado; sem qualquer sentido. Não é o fato apenas da falta de motivos que torna a vida vazia, mas, também, a multiplicidade dos motivos a transforma num turbilhão de inutilidades. Uma vida complicada é uma biografia sem história que valha a pena. Quando é que podemos descrever a trajetória de uma biruta tonta que gira o tempo todo ao léu dos ventos volúveis e inconstantes? Os muitos motivos desmotivam a mente na construção de uma ordem segura, convertendo o processo numa confusão sem propósito. A vida enfadonha é pautada pela abstenção de motivo. A vida complicada, pela abundância de motivos, mas a vida vitoriosa tem como fundamento a unidade de motivos. Podemos até ter motivos diferentes, desde que possamos afinar todos por uma só nota e um só diapasão. Um orquestra tem vários instrumentos de vários naipes, porém todos devem estar afinados no mesmo tom e com a mesma frequência. A unidade dos motivos se pauta, no reino de Deus, pela obra da cruz. Não há a menor chance de alinhar as motivações pessoais e grupais, sem a morte do velho homem ou o escravo do pecado. Não há conciliação das vontades fora do Calvário, pois é apenas em Cristo crucificado que podemos ver nossa co-crucificação e unidade dos motivos. O espírito da cruz agindo, diuturnamente, em nosso ser, alavanca a unidade de todos os motivos, mendiguinhos, e, nossa motivação se converte, acima de tudo, em que tudo seja feito somente para a glória da Trindade. Do velho mendigo do vale estreito, Glenio Fonseca Paranagua