sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O VANDALISMO DA CANETA DE OURO


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Quero começar minha fala dizendo antes de tudo que sou contra a violência, avisando aos jovens que não caiam nesta esparrela do conflito, pois tudo o que o sistema quer é uma desculpa para agir com brutalidade e pessoas para levarem as culpas das tragédias que, de forma comum, sucedem estas ações. Porém, sinto falta do mesmo empenho da imprensa, que a meu ver não cansa de enfatizar o vandalismo e os vândalos em detrimento de tanta gente de bem que lotam as ruas de nosso país de forma legitima e pacifica.
Sinto falta do mesmo empenho na denúncia no que se refere àquilo que chamo de O vandalismo da caneta de ouro no qual, pessoas bem educadas ao menos em tese dizem “excelentíssimo” pra cá e “excelentíssimo” pra lá, cometem, sem aparente noção dos desdobramentos negativos de suas canetadas bem-educadas, como a morte de inúmeros anônimos que morrem por falta de assistência, enquanto ambulâncias superfaturadas estão paradas degradando-se em pátios ensolarados. Quero lhes informar também, excelentíssimos, que o que está acontece em nosso país é fruto de vosso vandalismo, senhores governantes, e de vossa ganância. Trazer à consciência dos senhores que isto tudo que foi alardeado é fruto do vandalismo da caneta de ouro.
Esta caneta de que falo tem o poder de transformar algo imoral em algo legal, de fazer a injustiça virar lei como, por exemplo, os salários e auxílios da classe política que fazem da vida pública uma profissão, ao passo que nos faz sentir saudades de quando os marajás eram poucos. E isto enquanto hospitais são quebrados, a educação é sucateada, a população se torna refém da violência urbana. Porém contra o vandalismo da caneta de ouro, o choque não dá um tiro de bala de borracha e a imprensa jamais tem a coragem de chamá-los de vândalos em seus noticiários sensacionalistas e enviesados.
Quando os justos florescem, o povo se alegra; quando os ímpios governam, o povo geme. Provérbios 29:2.
O rei que exerce a justiça dá estabilidade ao país, mas o que gosta de subornos o leva à ruína. Provérbios 29:4.
Os zombadores agitam a cidade, mas os sábios a apaziguam. Provérbios 29:8.
Na graça bruta e no amor d’Aquele que nos buscou,
Alexandre de Oliveira Chaves