quarta-feira, 24 de julho de 2013

VITÓRIA SOBRE A TENTAÇÃO - FIDELIDADE

"Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito." (Lucas 16:10) Quando se fala em tentação, talvez na maioria das vezes, vem à nossa mente a questão da sensualidade. Na verdade se formos estudar um pouco, veremos que tentação é todo desejo ou intento violento (intenso) de fazer algo, que pode ser certo ou errado - mas normalmente é errado. Isso nos leva ao conceito geral de fidelidade, que é fazer o certo mesmo quando custa mais caro. Deste modo, será tentação sempre que desejarmos algo que não podemos ou não devemos tocar/ter/fazer/olhar/comprar/dizer/usar... O que precisa ficar claro é que tentação não é pecado, mas ceder e fazer o que não deve é pecado, sim. Uma das formas de vencer a tentação é manter a mente focada na fidelidade que tem promessa de recompensa. Se lermos todo esse capítulo, veremos que o ensino central de Jesus é sobre integridade, sobre ser honesto em tudo e veremos que há uma recompensa. Certamente a maior recompensa de todas é ser aprovado por Deus, ser encontrado digno de elogio por parte do Pai. Isso deveria ser suficiente para nos manter longe de ceder à desonestidade que vem da tentação. Podemos ser tentados na área financeira, na questão moral, e mesmo em coisas simples como dizer a verdade e acabar prejudicado por isso. Pense no guarda rodoviário perguntando se de fato você estava em excesso de velocidade - e estava mesmo. Ou na hora de declarar o imposto de renda. Ou na hora de confirmar se cumpriu um propósito de jejum ou leitura da Bíblia. Pense naquelas situações em que seu interlocutor não tem como confirmar a veracidade da sua afirmação e a questão fica entre você e Deus. Nestes momentos, assim como nos mais "cabeludos" a saída é a mesma - devemos ser fiéis e fazer o certo mesmo que custe mais caro ou cause prejuízo. Devemos encontrar forças para dizer não. Isso é vencer a tentação. "Senhor, me dá forças para enfrentar a tentação e me colocar em posição de resistir. Se eu começar a resistir sei que vencerei. Ajuda-me, pelo Teu amor a mim." - Mário Fernandez - www.ichtus.com.br

quarta-feira, 10 de julho de 2013

CHAMADOS A CRER

“Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário que sejais contristados por varias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado pelo fogo, redunde em louvor, gloria e honra na revelação de Jesus Cristo”. 1 Pedro 1: 6-7
Em nossos dias, é evidente que o cristianismo passa por uma crise. A igreja tem sido inundada, por um pensamento humanista, que encontra sua lógica no mundo. Em outras palavras, os mesmos objetos de desejo do mundo, bem como a maneira pela qual podemos obtê-los, são encontrados e praticados dentro das igrejas com uma máscara de piedade, além, de o homem e sua vontade egoísta, estar no centro, e não Deus. As escrituras nos ensinam, claramente, que a sabedoria deste mundo é loucura para Deus. “Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde o inquiridor deste século? Por ventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo”? 1Coríntios 1:20.
O que pode causar uma crise como esta, é quando nós como igreja, ou eu, como parte do corpo de Cristo, sedo às pressões mundanas, e opto pelo caminho mais fácil da indiferença (Tiago 2:15 e 16), que é incompatível com a cruz, e escolho o descaso e a incredulidade nas escrituras, seguindo o curso natural deste mundo, de relativisar, ou de não dar o devido crédito à palavra de Deus, permitindo o entrar sorrateiro, dos ensinamentos humanos, que tem a sua lógica neste mundo, mas não no reino de Deus,o que faz desta crise uma crise de fé.
“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si repentina destruição”. 2 Pedro 2:1.
Deus é todo poderoso por definição, Ele pode fazer tudo, “Pois para Deus nada é impossível”. Lucas 1:37 . Mas Ele não é como nós, que muitas vezes fazemos as coisas, só porque podemos faze-las. Existe algo que restringe a ação de Deus, “… seu muito amor com que nos amou”. Efésios 2:4b. Ele poderia muito bem ter nos destruído, depois da nossa rebelião e queda, mas não o fez, por causa do seu Amor por nós. Portanto, é com este espírito de amor que eu quero chamar a atenção dos irmãos, para não nos deixarmos seduzir, e estarmos firmes contra as investidas deste mundo, e sua religião sem cruz, e sem a fé provada por Deus. Na bíblia, são inúmeros os escritos que tem como objetivo, corrigir desvios teológicos, conduta dos irmãos, alertarem a igreja contra falsos obreiros, ou contra correntes filosóficas como o gnosticismo, que de alguma maneira, procurava minar os pilares da fé cristã, e nada é mais essencial para nós como cristãos, do que a fé na palavra de Deus. Entre estes escritos bíblicos, encontra-se a carta de Tiago. A reflexão sobre essa carta se faz necessário, tendo em vista os ensinamentos preciosos que o Espírito Santo nos dá sobre fé. Pois esta, a fé, e fé na palavra de Deus, é o único antídoto, que temos, contra esta prática que tem mergulhado a igreja nesta crise, de se viver pela lógica deste mundo, ” porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e está é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. 1 João 5:4. Tendo em vista que a fé é um convite à loucura, pois nos ensina a ter “… convicção em coisas que se esperam, e a provar fatos que não se vêem”. Hebreus 11:1. Para isto temos o convite de Deus.“…O meu justo viverá da fé”. Romanos 1:17.
A carta de Tiago tem sido no decorrer da história, um escrito muito peculiar, pois entre os estudiosos, há uma necessidade de criar uma harmonia entre o escrito de Tiago e os escritos paulinos, como se de alguma maneira tivéssemos que fazer um esforço para mantê-los dentro de um Cânon, onde ela possa coexistir com os escritos de Paulo, tendo em vista a aparente contradição, principalmente entre Romanos capítulo 4 e o capítulo 2 de Tiago.
E o que dizem estes dois textos? Vamos começar lendo Romanos capítulo 4, a partir do verso 2 até o verso 5, “Porque se Abraão foi justificado por obras, tem do que se gloriar, porem não diante de Deus. Pois que diz as escrituras? Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado como justiça. Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porem crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça”.
Agora o texto de Tiago, capítulo 2 a partir do verso 14, “Meus irmãos, qual é o proveito se alguém disser que tem fé e não tiver obras?Também do 18 ao 23, ” Mas alguém dirá:Tu tens fé, eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. Crês, tu, que Deus é um só?Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que fé sem obras é inoperante?Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado quando ofereceu sobre o altar o próprio filho Isaque? Vês como a fé operou juntamente com as obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu as Escrituras, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus”.
Será que o Espírito Santo cometeu um engano? Será que precisamos dar um jeitinho brasileiro para ajudá-lo, de maneira que Ele não fique desmoralizado depois de uma gafe tão grande? Será que ele se daria ao papel de depender de piruetas exegéticas humanas, na esperança de que o ajudemos a limpar a sua barra, pois afinal de contas, não pode haver contradições nas escrituras.
Ou será que a questão é outra? Seria possível o problema estar em nós? Nós que muitas vezes distorcemos a palavra de Deus que é viva e eficaz, quando de alguma maneira ela não nos parece favorável. Quando ela insiste em não ceder, de maneira a tornar mais fácil a nossa vida de cristão. Quando ela permanece firme, rígida como uma rocha, forçando-nos a aceitá-la como Ela é, ou então, inventarmos subterfúgios para desqualificá-la, ou mesmo ignorá-la. Nisto reside à causa da crise atual da igreja.
Não se trata aqui de uma questão soteriológica, referente à salvação, se ela, a salvação, é pela graça ou é pelas obras, como alguns querem sugerir. A carta é dirigida a salvos, portanto a questão não é esta, e este é um assunto que deveria estar superado. É evidente que a salvação é pela graça. Não tem nada a ver com mérito humano. Achar que a salvação vem por mérito, é uma tentativa dos que ignoram o caráter amável e gracioso de Deus, e a condição de morte e pecado, em que o velho homem se encontra “… Não há um justo, nem um sequer…”. Romanos 3:10.
Ou daqueles que cogitam das coisas dos homens, que insistem em manter o velho homem como centro do universo, mesmo que seja no meio de uma igreja, porém, recusando-se a ir para o seu lugar de direito, ou seja, a cruz.
A palavra de Deus já pois um fim a esta questão quando diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2:8 e 9.
O assunto aqui é sobre fé, em seu sentido mais puro. Mas o que é fé? Não é difícil, encontrarmos pessoas que confessam crer em Jesus Cristo, ou que dizem acreditar em Deus, no entanto, o negam com seus atos, ou vivem na prática da injustiça, como se Deus não existisse, será que isto é fé? ” Professam conhecer a Deus, mas negam-no pelas suas obras, sendo abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra”. Tito 1:16
Essas pessoas acham que pelo simples fato de dizerem que acreditam na existência de Deus, ou de Cristo, terão algum crédito, com Aquele que sonda os corações. E que sabe provar nossas declarações, para saber se elas partem de um coração imperfeito, porém sincero, de alguém que reconhece o seu pecado, e tem em Cristo sua única esperança de mudança de vida. Ou se parte de alguém que não se importa de professar sua fé em Deus e em seu Cristo, desde que isso não requeira dele, sofrimento, compromisso e auto negação, ou seja, desde que ele não precise tomar a sua cruz, e nem andar nas pegadas de Jesus. “Pois vos foi concedido, por amor de Cristo, não somente o crer nele, como também o padecer por Ele”. Filipenses 1:29.
Cristianismo sem cruz é a proposta da religião do mundo, e fé sem compromisso e envolvimento, é o mesmo que cristianismo sem cruz, e isso é tudo o que Tiago esta combatendo em sua carta. Como podemos entender Abraão como amigo de Deus justificado pela sua fé em Deus, sem o momento de cruz. Como seria se, diante da promessa de Deus “Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as pode contar. Então lhe disse: Assim será a tua descendência”. Gênesis 15:5. Abraão dissesse: creio em ti Senhor, e logo em seguida, quando Aquele que sonda os corações, viesse a provar sua fé, dizendo “Toma teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai a terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que eu te mostrarei”. Gênesis 22:2, Abraão falasse: De jeito nenhum!E recusasse obedecê-lo?
Será que ele estaria na lista dos personagens de fé de Hebreus 11? Será que ele seria chamado, amigo de Deus, e pai da fé? Provavelmente não. E porque achamos que conosco pode ser diferente? Porque achamos que a nossa declaração de fé em Cristo, pode ser acompanhada por uma falta de compromisso com sua palavra, e uma clara falta de preocupação em obedecê-lo, a pergunta insiste em não se calar “Pode tal fé salvá-lo”? Tiago 2:14b.
Para Tiago tal fé é inoperante, uma fé que não é capaz de ter envolvimento prático, não é fé, “… fé sem obras é morta em si mesmo”. Tiago 2:17. O que percebemos em Hebreus capítulo 11 é justamente isso: cada personagem, daqueles citados, não somente expressaram a sua fé de maneira verbal, mas tiveram a sua fé confirmada por aquilo que fizeram, ” Pela fé abraão , ao ser provado, OFERECEU Isaque, “Abraão creu em Deus, por isso SAIU sem saber para onde iria”, ” Pela fé Noé, CONSTRUIU uma arca.
Os simpatizantes de Cristo podem até ficarem desapontados, mas não podemos baratear a graça de Cristo, assim como Cristo não pode fazer nada diante daquele jovem rico, que achava Cristo legal, que até o reconhecia como mestre, que estava disposto a fazer algumas coisas para ganhar o reino de Deus, mas que ficou despontado, ao saber que o caminho para o discipulado proposto por Cristo, leva ao compromisso e a cruz.
Devemos nos alegrar, pelas circunstâncias trazidas por Deus, que tem como objetivo provar a nossa fé, para que depois de provada, ela “…Redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”. 1Pedro 1: 7. Fé é existir para Deus, confiança em Deus e descanso. “…O meu justo viverá da fé”. Romanos 1:17. Alexandre de Oliveira Chaves

terça-feira, 2 de julho de 2013

GRAÇA: QUESTÃO DE SER OU DE FAZER?


CULTO DE LOUVOR


MOVIDOS PELA GRAÇA OPERANTE

gasosa


Então ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos mandar. João 2:5.
Muita gente, na igreja, que ouve falar da graça plena supõe que essa vida graciosa é uma existência de profunda inércia. Muitos acreditam que a obra da graça remove qualquer esforço do homem, e sustentam uma indolência paralisante para garantir a autenticidade
da operação divina. Para essa gente, viver pela graça significa viver sem qualquer realização por parte do próprio homem. Alguém que queria se esquivar de sua responsabilidade pessoal, bradou certa vez: “Estou vivendo pela graça e não devo fazer nada”.
Parece que há um equívoco aqui. Sabemos que a religião é uma estrutura humana de muitas atividades, mantendo sempre as pessoas ocupadas com excesso de ativismo para demonstrar o seu papel diante da divindade, e por isso, muitos pensam que é preciso fugir completamente de qualquer tipo de diligência que possa caracterizar esforço humano. Se religião é tudo aquilo que o homem faz para tentar alcançar a Deus com os seus méritos, logo, o evangelho não comporta qualquer atuação humana que corresponda algum valor pessoal para a aceitação do pecador diante de Deus.
É verdade que toda ação humana para conquistar o favor de Deus é um oficio religioso desnecessário, mas isso não significa que a vida cristã seja uma inação permanente. Fomos salvos pela graça, mas não somos salvos para a estagnação. No reino de Deus não há pensionistas, aposentados ou inativos. Ninguém foi salvo pelas suas obras, contudo, ninguém que é salvo vive sem manifestar as boas obras que caracterizam essa vida da salvação. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que
andássemos nelas. Efésios 2:8-10
.
Por meio das Escrituras fica claro que a salvação é uma obra unilateral da graça de Deus em favor do pecador, porém o viver cristão é uma operação graciosa bilateral que implica na atividade humana em obediência voluntária ao Senhor Jesus Cristo. Maria diz aos serventes:Fazei tudo o que ele vos disser. Aqui está a base da presteza evangélica e o fundamento de qualquer atividade no reino de Deus. O cristão não é um empresário autônomo que patrocina o seu empreendimento por conta própria, mas é um operário padrão que executa voluntariamente com alegria aquilo que lhe foi determinado pelo seu Senhor.
Os servos obedientes de Jesus Cristo não são escravos obrigados a um trabalho forçado, nem empregados suarentos dependentes de salário, que executam suas tarefas por interesses econômicos ou movidos pelas ambições do poder. No reino de Deus não há lugar para desempregados, contudo não há trabalhador constrangido pelas imposições do dever, nem pela pressão do medo ou pelos interesses injustificáveis do egoísmo humano. Todos os servos de Cristo exercem seus serviços com liberdade e nobreza, pois a motivação de qualquer atividade é a gratidão de um coração plenamente aceito pela graça de Deus.
O serviço cristão autêntico visa sobretudo a glória de Deus e não o sucesso dos homens ou o progresso das estruturas. Há uma grande confusão quando não discernimos a pessoa de Deus da obra de Deus. Muitas vezes investimos nossos talentos na construção dos sistemas que representam a obra de Deus, sem perceber que deixamos o próprio Deus de lado. O nosso serviço como filhos de Deus não pode ficar desligado da pessoa sublime de Deus. Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. 1Coríntios 10:31.
O que está em jogo na tarefa cristã não é o êxito maravilhoso da obra divina, mas a glória dedicada ao próprio Deus. Se a glória não pertence somente a Deus, então estamos envolvidos num seqüestro grave e de proporções eternas.
O cristão verdadeiro é um trabalhador gracioso que executa sua missão com um espírito prazenteiro. Trabalho obrigado é uma tortura insuportável. Qualquer pessoa que cumpre uma tarefa sob o comando do mero dever, sob o domínio do medo ou sob os impulsos dos interesses, acaba realizando um trabalho descontente e cheio de reclamações. Há muita gente reivindicando atenção especial ou reclamando direitos, como expressão do seu desgosto pessoal. A censura e o queixume sempre refletem o azedume da alma contrariada. Por isso a Bíblia diz: Fazei tudo sem murmuração nem contenda, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo. Filipenses 2:14-15.
No centro desse labor gracioso do evangelho está o amor como a mola mestra que impulsiona todo o projeto criativo da vida cristã. A menos que o amor seja o motivo da causa evangélica, todo esforço não passa de um artifício mecânico destituído de significado eterno. Sabemos que as vigas estruturais da sustentação espiritual se apoiam nos três pilares básicos da experiência cristã: fé, esperança e amor, mas só o amor é eterno. Faltando o amor na labuta, o processo vira rotina, a ação converte-se em fadiga e o ideal transforma-se em lamúrias. O que de fato enobrece a tarefa é o amor que está intercalado em cada momento da ação. Todos os vossos atos sejam feitos com amor. 1Coríntios 16:14.
O cristão legítimo é aquele que faz tudo o que o Senhor lhe ordena. É aquele que faz tudo para a glória de Deus, sem lamentação nem conflito, acionado pelo amor. O mundo mede a grandeza de um homem pela quantidade de pessoas que o servem, enquanto no evangelho a nobreza de um servo é medida pela maneira agradável como ele serve a muitos. Se não há satisfação no serviço, não há significado na missão. Uma das maiores alegrias que o servo de Cristo pode ter aqui na terra é ter a consciência de que tudo o que ele faz é para a glória de Deus, e que por isso, nada pode roubar o seu momento de adoração.
O serviço cristão está sempre vinculado com a pessoa do Senhor. A prática do evangelho fica determinada pela relação pessoal que o servo tem com o seu Senhor, uma vez que o alvo do serviço cristão é o próprio Senhor Jesus Cristo. Nenhum cristão genuíno se preocupa em servir aos homens. Na verdade, o serviço do cristão que está voltado para o mundo é um serviço do cristão dirigido a Cristo. Quando um servo de Cristo está realizando uma missão em favor dos homens, os seus olhos estão voltados para a pessoa de Cristo. Tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, cientes que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo. Colossenses 3:23-24.
Muita gente se sente ofendida por causa da indiferença dos outros e por causa dos maus tratos que recebem quando estão de bom grado servindo aquelas pessoas. Nós frequentemente ficamos melindrados com a falta de atenção, com as críticas e tantos outros expedientes descaridosos, porque focalizamos as pessoas erradas. Precisamos olhar para a pessoa certa uma vez que o nosso serviço está relacionado fundamentalmente com o Senhor Jesus Cristo. Se for Jesus que estamos servindo, ninguém pode nos aborrecer quando nos trata com indiferença.
Finalmente, todo o nosso serviço tem uma rubrica universal. O serviço de um cristão é o serviço de Cristo. Não estamos servindo em nosso nome, pois tudo o que fazemos tem a marca de Cristo. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus Cristo, dando por ele graças a Deus Pai. Colossenses 3:17. Aqui está uma das revelações mais impressionantes da Bíblia: a identificação de Cristo com o pecador e a identificação do salvo com Cristo.
Quando Cristo morreu na cruz em nosso favor, ele nos levou a morrer juntamente com ele, para nos fazer participantes da sua morte. Quando Cristo ressuscitou dos mortos, ele nos ressuscitou juntamente com ele, para que nós fôssemos testemunhas de sua vida. Logo, tudo o que fazemos como cristãos no mundo, fazemos em nome de Jesus Cristo, pois a sua vida em nós abona a certeza de que não vivemos mais para a glória deste mundo, uma vez que ele vive em nós, para a glória de Deus Pai.
Aqui está a súmula da praxe cristã: Façamos tudo quanto o Senhor nos disser para a glória de Deus, sem reclamações nem disputas, inspirados pelo amor supremo. Façamos tudo, de todo o coração, para o Senhor, e não para os homens. Façamos tudo em nome do Senhor Jesus Cristo, dando glória ao nosso Deus e Pai. Amém. Glênio Fonseca Paranaguá