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segunda-feira, 19 de setembro de 2016
PACIÊNCIA - VIVENDO O EVANGELHO
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quarta-feira, 14 de setembro de 2016
O REI OCULTO
O orgulho espiritual é o
mais dissimulado dos pecados, pois vem sempre bem camuflado de humildade.
Poucos de nós tem a percepção de sua altivez pessoal. Não há mimetismo mais
ardilosa do que o orgulho espiritual vestido com trapos e fiapos.
Eu não confio na minha
humildade. Muitas vezes me arrasto no discurso, mas, a minha cabeça busca uma
coroa no trono. Falo mansamente, embora a minha pretensão de ser visto, esteja
gritando no íntimo. Digo que sou mendigo e reajo como Sua Alteza. É um paradoxo
essa vida de ser um pobre de espírito. Minha fala é de humildade, todavia, o
bafo de um dragão-de-Komodo denúncia meu orgulho espiritual.
O orgulho é o desejo
pervertido pela notoriedade. Sou soberbo mesmo quando estou me escondendo sob
os mantos da invisibilidade, a fim de que os outros saibam que eu sou um
“ilustre” desconhecido. Fico assustado quando tomo uma foto de um grupo em que
estou ali no meio e logo me vejo procurando a mim mesmo para olhar como estou.
Tenho pedido ao Senhor que
me revele quem sou de verdade.
Muitas vezes eu finjo que sou humilde, mas quando vejo minha imagem refletida
no espelho do poço, logo percebo o narcisismo da modéstia rubra de brio. Eu
acho que tenho direito e que devo ser tratado com deferência. Minha humildade
sempre traja roupas de gala.
Vi pseudo mendigo dançando
a baiana porque o seu contracheque não refletia a expectativa do seu cachê. Vi a minha conduta arrogante diante da cena julgando o outro
com presunção de quebrantamento. Orgulho na ação e na reação – tudo com cara e
traje de singeleza. Que coisa mais ridícula é a postura da distinção presumida.
Sto. Agostinho disse: a humildade é a qualidade que aquele que tem não sabe
que tem, pois se souber, ficará orgulhoso de tê-la. Orgulho é tão
persistente e resistente, que até com a humildade ele quer levar vantagem. É
impossível alguém ser humilde, sem o risco de se orgulhar com sua humildade.
Ouvi um missionário orar: Senhor, orgulho-me da minha humildade. Como pode?
Água e fogo se aniquilam; ou a água apaga o fogo ou o fogo consome a água.
Orgulho e humildade são incompatíveis.
Só o espírito da cruz tem
condições de produzir a verdadeira humildade, sem promover o orgulho. Não se
trata apenas de uma doutrina certa da cruz, mas do espírito da cruz. Se não
houver a morte para si mesmo, não há lugar para Deus em nós mesmos. Precisamos
mais do que conceitos corretos. Precisamos morrer para os nossos direitos.
Fui a um velório em que a
viúva não se conformava com a morte do marido, e, em desespero, arrancava maços
de cabelos do defunto. O morto tinha sido um homem muito forte, mas, não
esboçou nenhuma reação. Mendigos, nós já morremos em Cristo? No espírito da
cruz não há lugar para a soberba.
Do velho mendigo do vale
estreito,
Glenio Fonseca Paranaguá
terça-feira, 13 de setembro de 2016
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