quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SOLITUDE E SOLIDARIEDADE


Cheguei da Bolivia na madrugada de 11/09 para 12, cansado. Fui numa viagem para um congresso de pastores. Por sinal, uma bênção. Mas esta data me reportou para outra agenda. Eu estava nos EUA no 11 fatídico de 2001. Lá eu sofri muito com a tragédia sem precedentes na história daquele Pais. Agora eu sofri, primeiro, com a altitude em La Paz. Que horror. Entendo hoje porque os times brasileiros quase sempre perdem nesta altitude. Depois, sofri com um rota-vírus que quase me desidratou por completo. Pensei que ia morrer antes do tempo. Espero correr ainda uma meia Maratona. E, finalmente, sofri pela opressão do anticristo e a estratégia maligna contra a igreja do Senhor. Nunca senti tanto peso espiritual quanto neste momento. Sofri com o ar pesado das trevas.
Sei que esse é um tempo especial de intercessão. É um momento de solitude, mas ainda de solidariedade. Eu preciso estar só com Deus para estar acompanhado com os santos do Senhor que lutam e padecem. O mundo está sendo atacado violentamente pelos poderes tenebrosos. Ninguém precisa ser vidente para enxergar isso no escuro. Só os cegos, os cegos espirituais e os estúpidos não querem ver esta realidade sombria. Há fogo intenso cortando o ar e congelamento nas relações humanas. Frieza nas veias.
Todavia, que se diga logo: a luta espiritual jamais usou armas carnais. Não há lobistas,  propaganda ou estratégias especiais.  Os Exércitos de Javé lutam invisivelmente com um arsenal imperceptível. O intercessor não tem cargo, nem hierarquia; tem carga. Ninguém sabe quem é ou onde está. Mas, ele está metido em algum automóvel, banheiro ou sala. Vive lançando mísseis espirituais andando pelas calçadas, lavando louça na cozinha, trabalhando no duro e, ainda assim orando. É uma guerra peculiar. Não se vê o alvo e ninguém sabe quem é o militante e quais são as armas. Sabe-se apenas que Javé age.
Se você quer ser um combatente neste Exército, quero somente lembrá-lo de uma coisa a mais além do campo oculto do inimigo, do combatente anônimo e das armas intangíveis. Fique um tempo isolado com o seu Senhor invisível. Falei, sozinho com Ele. Viva alguns momentos de solitude e treine a confiança no amor que não aparece à primeira vista no palco. A fé requer um tempo de silêncio para aprender ouvir a voz inaudível na agitação.
Ninguém me diga: não sei o que fazer no Reino de Deus. Você não precisa fazer nada. Fique apenas um pouco com o Deus que faz tudo e você e eu seremos instrumentos de sua graça em favor daqueles que Ele ama. A solitude com Abba nos torna solidários com os outros. Não sei como lutar, mas sei o que Ele disse: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus. 2Crônicas 20:15. Vamos em frente mendiginhos porque quem deu a ordem tem todo o poder. No amor sem medida de Abba. O velho mendigo de sempre, Glênio Fonseca Paranaguá

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