Vivemos dias em que a relação das pessoas com o dinheiro está muito complicada. No meu coração creio que isso é fruto de uma relação desequilibrada com o trabalho e seu resultado.
Alguns grupos falam tanto de prosperidade que a
impressão que passam é que tudo que importa é ter, ter e ter. Não somos contra
os bens materiais nem as riquezas, mas amá-las e depender delas para ter
sentido na vida é avareza, que é idolatria como aprendemos em Colossenses 3:5.
Ser rico é um assunto, estar de bem com Deus pelo que já recebeu é outro. Ter
mais e mais nem é sinônimo, necessariamente, de prosperidade. Enriquecer não
pode ser a prioridade para nenhum servo de Deus, mesmo que, de fato, tenha
muito mais dinheiro do que possa gastar.
Outros negligenciam o seu sustento a ponto de
passarem necessidades e dependerem da misercórdia alheia. Considero muito
impróprio alguém "servir a Deus" de uma forma que tudo lhe falta e
não consegue nem ao menos se alimentar com o fruto de seu trabalho. Isso é
inadequado, no mínimo. O trabalhador é digno de seu sustento, portanto é uma
questão de ajuste. Se não quiser ter bens materiais, ok; Jesus também não
tinha. Mas sustento e com que se cobrir é básico e isso Jesus tinha.
Uma relação saudável e equilibrada com o trabalho
e, por conseguinte, com o dinheiro, é aquela em que produz sustento e
cobertura, como disse Paulo nesse versículo. Se tiver mais do que isso, não
será errado nem pecado, mas o contentamento já estará estabelecido. Isso não
significa almejar mais ou ir além, de forma nenhuma. Mas mesmo que não consiga,
o contentamento com a provisão de Deus estará lá.
Alguns confundem contentamento com comodismo.
Quem está contente está num nível de gratidão tal como se tivesse recebido tudo
que tinha para receber, mesmo que venha mais. Quem está acomodado pode até ser
ingrato, apenas não está satisfeito. Sejamos gratos. Estejamos contentes, não
acomodados. Lutemos por ir além para abençoar os que não puderem, mas sem
perder o contentamento com o que já temos pois veio de Deus.
"Senhor, eu preciso muito me relacionar
direito com meu trabalho, mas minha carne aponta noutra direção. Me ensina a
trabalhar o que for necessário mas de forma equilibrada. Preciso de Ti."
Mário Fernandez www.ichtus.com.br
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