terça-feira, 2 de novembro de 2010

SUA ALTEZA, O MENDIGO. L

Sua Alteza chegou ao fim da picada. Depois de cinquenta esboços em busca da ética, até o u perdeu o trema. No Brasil, já ninguém mais treme diante da miséria moral. Tudo não passa de tramas, trambiques, trapaças e trombadas dos trombadinhas do poder.

A fome zero providenciou uma esmola de tacos e ticos em bolsas furadas, que não satisfaz o apetite do faminto, mas lhe dá a sensação de um miserável apadrinhado, enquanto as cuecas e meias saem abarrotadas para os bancos que bancam a bancarrota das bancadas na política de um país imoral. O velho mendigo tem vergonha de ser brasileiro.

Eu tenho fome de significado eterno. Tenho muita fome do Pão do céu. O Pão nosso de Cada dia. O pão da padaria só me sacia por algum tempo. Eu como só para continuar a carreira, mas a minha fome é de Alguém que me ame com amor incondicional e sem tempo de validade, além do que, eu possa amá-lo com a fúria de um ser, plenamente amado.

Por isso mesmo, o mendigo velho vai se jubilar de sua calçada. Aposentadoria compulsória. Chega de mendicância toda semana. Depois do estresse e da pausa para meditar, o melhor é ir se reformando como mendigo e mudar de assunto.

O tema encontra-se sem ibope, o que, na verdade, é uma honra, mas ser pobre na terra, embora sendo nobre no céu seja a bem-aventurança de uma espécie em extinção, que talvez, ainda espere pela o raiar de um novo Dia. Mas a noite escura do humanismo iluminista vem turvando a via-sacra da fé singela dos peregrinos. Até aqueles que se dizem pastores do rebanho do Cordeiro, viraram lobos banqueteando a carniça nos palácios.

Quando menino, no interior do estado mais pobre do país verde, amarelo e azul, aprendi que: “quem tem boca vai a Roma”, mas aprendi errado. Diz outro adágio: “quem conta um conto, aumenta um ponto”. Aumenta e distorce o que ouve e o que conta. O prof. Pasquale, retificando o erro de quem pensava ser o certo, diz que o certo é: “quem tem boca vaia Roma”. Vaia não é uma questão de comunicação, mas de indignação.

Vaiar é a expressão de repulsa que pulsa no coração revoltado por causa da injustiça que agita todos os poderes da nação. Na verdade, isto é uma danação moral jamais vista na romaria rumo ao novo Império Romano, com os seus dez artelhos se mexendo por baixo. O profeta tem razão: Como os artelhos dos pés eram, em parte, de ferro e, em parte, de barro, assim, por uma parte, o reino será forte e, por outra, será frágil. Daniel 2:42. Forte na imoralidade, fraco na moral.

O mundo jaz no Maligno, diz o apóstolo João ninguém, para quem se acha alguém neste mundo imundo. Sem dúvida a democracia é coisa do Demo. Demorou, mas o projeto da Nova Ordem Mundial vai se configurando paulatinamente, enquanto o pau latino vai caindo na mente de quem se meta a resistir mentira do sistema. O caos é a ordem do dia e o ilegal, a normalidade. Bem feito para quem dá crédito ao iluminismo!

Tchau, mendiguinhos bucólicos. Até depois do rapto, não das Sabinas, nem dos sabidos, mas dos sábios que crêem. Se não for incômodo, leiam o profeta Daniel, pois ele descreve, com detalhes, os capítulos do plano.

Um ósculo para todos. Ósculo me parece mais comovente do que beijos.

Do mendigo velho, agora inativo. Glenio Paranaguá

P.S Para os menos avisados, o rapto é o arrebatamento dos santos. Para mim, antes da tribulação. (Só para provocar quem pensa diferente). Azar o seu.

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